Dermolipectomia (cirurgia do abdômen)

 

O que é?

A Dermolipectomia é a cirurgia realizada no intuito de corrigir a flacidez da pele, do tecido gorduroso subcutâneo e dos músculos do abdômen.
Essa flacidez ocorre comumente após gestações, processos consecutivos de emagrecimento e engorda e com o próprio envelhecimento dos tecidos.
Pode ser classificada em Dermolipectomia Abdominal Total ou Parcial (Miniabdominoplastia), variando com a necessidade de ressecção da pele e tecido gorduroso.

 

Como é feita a cirurgia?

Após anestesia, realiza-se uma incisão transversal e arqueada (semilunar) na pele da região inferior do abdômen. Procede-se o descolamento da pele e tecido gorduroso subcutâneo da musculatura. Realiza-se a cauterização dos vasos sangrantes. Corrige-se a flacidez muscular através de uma plicatura (costura) da musculatura abdominal. Retira-se o excesso de pele e tecido gorduroso. Na dermolipectomia total, refaz-se a cicatriz umbilical.
Realiza-se sutura cuidadosa, reconstituindo os tecidos.

 

Dermolipectomia do abdômen

 

Para quem é indicado?

Para pessoas com flacidez de pele abdominal, associada ou não ao excesso de gordura e à flacidez da musculatura abdominal.
Em casos de flacidez somente no abdômen inferior (abaixo do umbigo) e pouca gordura acumulada, é indicada a Dermolipectomia Abdominal Parcial (Miniabdominoplastia).

 

Como é a anestesia?

Habitualmente, a anestesia é peridural com sedação (medicações venosas que propiciam o sono), mais raramente geral. Dura aproximadamente o tempo da cirurgia.

 

Quanto tempo dura a cirurgia?

Em torno de 3 horas, nas cirurgias convencionais.

 

Como é o pós-operatório?

Em geral é tranquilo. O abdômen fica enfaixado nas primeiras 24 horas, e ultrapassado esse período posiciona-se a cinta abdominal. A dor é facilmente controlável com analgésicos comuns. Na maioria das vezes, permanece-se com um dreno abdominal por 5 dias. Deve-se manter repouso relativo por aproximadamente 10 dias. Há necessidade de andar com o tronco levemente encurvado por 15 dias. São realizados curativos na cicatriz por 2 meses, e existe a necessidade do uso de cinta apropriada também por 2 meses.

 

Há alguma complicação?

As complicações que ocorrem logo após a cirurgia até 5 a 7 dias são o hematoma, seroma, a infecção e as necroses de pele, que têm taxas reduzidíssimas, quando observados todos os cuidados pós operatórios prescritos.
Deiscências (abertura de cicatrizes), cicatrizes inestéticas, endurecimento local, dormência da parede abdominal, podem ocorrer, sendo todas tratáveis.
Como todas as cirurgias, ainda existem os riscos anestésicos, e sistêmicos (tromboembolismos, choque, etc.), que devem ser bem pesquisados no pré- operatório, e que têm se tornado cada vez menores com os avanços da medicina.

 

Como é o resultado definitivo?

Em torno de 1 mês ocorre a reabsorção de grande parte do inchaço, dando uma noção de como o abdômen ficará.
Do 30º dia ao 6º mês, o abdômen ganha maior harmonia pela reabseorção da fibrose (cicatrização interna que se forma em substituição ao inchaço).
As cicatrizes só são consideradas como definitivas após o 12º mês.

dermolipectomia_abdomen

Recomendações pós-operatórias

1. Alimentação
Após a cirurgia, deverá ser branda para evitar enjôos. No dia seguinte. a dieta deve ser rica em fibras, em pequenas quantidades a cada refeição para evitar a distensão gástrica.

2. Posições:
– O repouso é relativo, sendo maior no primeiro dia. Posteriormente, são necessárias pequenas caminhadas dentro de casa.
– Ao dormir: de barriga para cima, com um travesseiro alto ou almofada debaixo da cabeça e dos joelhos.
– Ao levantar-se: com ajuda, evitando esforço com a musculatura do abdômen (na primeira semana).
– Ao caminhar: sempre com o tronco encurvado para frente, durante os primeiros 15 dias.
– Não carregar pesos, nos primeiros 15 dias.
– Não usar sapato de salto alto. Usar apenas sapatos baixos por no mínimo 2 meses.

3. Banhos:
Os curativos cirúrgicos não poderão ser molhados nos primeiros 7 dias, de forma que o banho neste período deve ser tomado de chuveirinho e com compressas úmidas.

4. Cuidados com o dreno:
– Carregar o dreno sempre abaixo do abdômen, evitando, assim, o retorno da secreção drenada para dentro do mesmo.
– Esvaziar o dreno uma vez ao dia: fechar o tubo através da válvula presente no mesmo. Desconectar o sistema da bolsa coletora e esvaziá-la. Comprimir a bolsa coletora e fechar o sistema com a mesma comprimida. Só então abrir novamente a válvula.

5. Cintas e corpetes:
Devem ser usados ininterruptamente. Se for necessário lavá-los, retirar os mesmos em posição deitada e assim permanecer, até que os mesmos se encontrem secos para serem recolocados.

6. Medicação:
Serão prescritos anti-inflamatórios e analgésicos comuns, por um período médio de 5 dias. Em alguns casos, pode haver necessidade de antibióticos.

7. Retornos:
O primeiro retorno se faz após 5 dias da cirurgia para a retirada do dreno. Retorna-se novamente com 7 dias de pós-operatório, e a partir de então, os retornos são semanais por 30 dias, quinzenais até o 2º mês, e mensais até o 4º mês. Essas frequências podem ser alteradas de acordo com a necessidade clínica.

Perguntas frequentes
(fonte: Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica)

Veja o vídeo desta cirurgia: